domingo, 21 de agosto de 2016

pedalando à volta de Faro


Em 2015 concluímos a ecovia entre Vila Real de Santo António e Fuseta e em 2016, recomeçámos, agora em direcção ao Barlavento. Tentámos fazer o troço entre Olhão e Faro, mas em algumas zonas a ecovia desaparece, dando lugar a campos ou linha de comboio.
Começámos então esta nova fase com um percurso circular, na zona de Faro.
Este percurso une o percurso oficial a um percurso alternativo. Os  pontos de interesse são: Parque Ribeirinho de Faro, Ilha de Faro, Praia da Barrinha, S. Lourenço, Areias de Almancil (pinhal).

Descrição do percurso:

Saindo do Parque Ribeirinho, passamos por uma zona de sapal que circunda o aeroporto.


Entre o Parque Ribeirinho e a Ilha de Faro encontramos umas antigas salinas de água rosada, onde é possível observar flamingos.
Sentámo-nos para descansar e comer.






salgado (limoniastrum monopetalum)


Seguindo a ecovia, depressa chegamos à Ilha de Faro, com o mar de um lado e a Ria Formosa do outro.
Almoçámos num dos bares que estão logo à entrada da Ilha e depois seguimos para a Praia da Barrinha, do lado da Ria. Aqui costuma estar pouca gente e é um local pouco ventoso, uma vez que esta praia se encontra abrigada pelas dunas.







Da praia da Barrinha tem-se uma belíssima vista para a frente ribeirinha de Faro.




A partir da extremidade Norte da Ponte que liga a Ilha de Faro à estrada da Arábia, começa um caminho em terra batida que conduz a S. Lourenço, atravessando vários esteios da Ria Formosa e uma zona lagunar onde se podem observar aves como galeirões.



A seguir vem S.Lourenço, uma zona de campos de golfe com um lago artificial, onde avistámos um caimão, o símbolo do Parque Natural da Ria Formosa.





O caminho segue para Norte, junto ao campo de golfe e ladeando uma área residencial, denominada Pinheiros Altos. A dada altura o caminho inflecte para Nordeste passando a Ribeira de S. Lourenço até chegar a uma zona de pinhal, em Areias de Almancil.


O regresso ao Parque Ribeirinho faz-se por estrada, atravessando a freguesia de Monte Negro.



mais fotos da praia da Barrinha aqui







quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Sevilha: 9 locais a visitar no Bairro de Sta Cruz




Na segunda viagem a Sevilha visitámos a zona do centro histórico que corresponde ao Bairro de Sta Cruz. Outrora um bairro judeu, hoje em dia é a área mais turística de Sevilha, apresentando uma mistura da herança árabe - principalmente nos elementos arquitectónicos - com a tradição do flamenco, divulgada nas inúmeros tablaos, bares e restaurantes.
As casas tradicionais, os pátios floridos e as praças acolhedoras contribuem para o charme e ambiente romântico deste Bairro.
Apesar das ruas serem estreitas e por vezes labirínticas, é fácil deslocarmo-nos, com a vantagem de não termos de andar muito entre um ponto de interesse e o outro.


9 locais a visitar no Bairro de Sta Cruz


1. Lonja

No séc. XVI, o edifício do actual Archivo General de Índias foi uma lonja - bolsa de mercadorias. Em 1785 Carlos III decide reunir no mesmo loal todos os documentos relacionados com a América. A partir do séc. XVIII, o andar superior começa a ser ocupado por documentos e, por uma questão de espaço, a partir de 1974, o edifício passa a albergar em exclusivo os documentos do Archivo: 86 milhões de documentos manuscritos, como mapas, desenhos, cartas de Colombo, Cervantes, etc.
Na área da biblioteca costumam fazer-se exposições sobre o importante papel de Sevilha na colonização e exploração deste Novo Mundo.







2.Calle Sierpes

A Calle Sierpes começa na Plaza de La Campana e termina na Plaza de San Francisco, onde se encontra o Ayuntamiento. A área ocupada por esta rua corresponde a um antigo braço do Rio Guadalquivir.




 É uma rua pedonal, cheia de lojas: marcas de roupa conhecidas alternam com as lojas de comércio tradicional que vendem leques, vestidos de flamenco, mantillas.





Aqui também é possível encontrar La Campana, a pastelaria mais conhecida de Sevilha.



Perto, na Calle Tetuan, está um painel de azulejos publicitário da Studebaker Motor Cars (1924).




3. Palácio de Lebrija

Também na Calle Sierpes está este palácio de estilo mudéjar - renascentista, do séc. XVI, comprado pela Condessa de Lebrija, uma dama do séc. XIX e a primeira mulher a entrar na Academia de Bellas Artes de Santa Isabel Hungria.
Ao longo de treze anos a Condessa reconstruiu o palácio, adquirindo uma colecção de mosaicos e mármores romanos, bem como peças arqueológicas de diferentes épocas e culturas.
Os azulejos do hall de entrada são do séc. XVIII e representam as quatros estações do ano, os continentes, as artes (poesia, música, escultura, pintura) e as virtudes (a fé e a paz).




No pátio principal podemos observar um mosaico romano bem conservado, representando cenas mitológicas: as aventuras amorosas de Zeus e Pan.




cozinha

pátio


4. Ayuntamiento de Sevilla

Situa-se na Plaza Nueva e foi construído no séc. XVI. 
A fachada ocidental, em estilo neoclássico, foi construída em 1891.
A fachada virada para a Plaza de San Francisco apresenta relevos platerescos com representações de personagens históricas e míticas e símbolos dos fundadores da cidade: Hércules e Júlio César.
No vestíbulo, é possível observar os tectos esculpidos.




5.Hospital de Los Venerables Sacerdotes de Sevilla

Edifício barroco do séc. XVII foi uma residência para sacerdotes. Actualmente é a sede do Centro Cultural Focus (Fundación Fondo de Cultura de Sevilla).
Tem dois andares, sendo que o andar superior, a enfermaria e a cave são usados para exposições.
O pátio sevilhano tem uma fonte ao centro, a um nível mais baixo devido a problemas de abastecimento de água.
Também é possível visitar a Igreja, com frescos de Juan Valdés Leal e esculturas de Pedro Roldán.





6.Casa  de Pilatos

Palácio construído entre os séculos XV e XVI.
É conhecido por casa de Pilatos por ter sido considerada semelhante à casa de Pilatos  em Jerusalém.
Apresenta uma síntese dos estilos gótico, mudéjar e renascentista e constitui o maior conjunto residencial de Sevilha, reflectindo os modos de vida das elites do séc. XV e XVI, quando Sevilha era metrópole do império ultramarino.
Destacam-se o pátio principal, decorado com azulejos, estuques e quatro estátuas (Minerva, Ceres, uma musa dançante e Atena) e a cúpula mudéjar do séc. XVI que é possível observar na escada que dá acesso ao andar superior, onde se podem ver retratos da família, antiguidades, móveis e pinturas.


7.Real Alcázar de Sevilha

É um conjunto de Palácios rodeados por uma muralha. A sua construção começou na Idade Média e prolongou-se por vários séculos , pelo que junta vários estilos arquitectónicos: mudéjar, gótico, renascentista e barroco.
Foi declarado Património Mundial da Humanidade (juntamente com a Catedral de Sevilha e o Archivo das Índias) em 1987.
Dentro, é possível admirar os jardins, pátios e as bonitas galerias e salas decoradas com azulejos, arcos em ferradura, tectos e cúpulas mudéjares.




8.Catedral de Santa Maria de la Sede

Começou por ser uma mesquita, construída no séc. XII, da qual ainda se conservam partes nos terços inferiores da Giralda e no Pátio de los Naranjos (onde os fiéis lavavam as mãos e os pés na fonte, antes de irem rezar). Giralda é o nome dado ao campanário. Os dois terços inferiores da torre correspondem ao minarete da antiga mesquita, sendo que o terço superior é uma construção sobreposta em época cristã para albergar os sinos. As obras da catedral cristã começaram no séc. XV e estenderam-se até ao séc. XX. É considerada a maior catedral gótica da Europa.




9. Pátios andaluzes

Importante elemento da arquitectura popular sevilhana. Normalmente estão profusamente decorados com plantas e flores, de modo a evocar um jardim, que permita uma evasão do burburinho urbano. Como afirmou Miguel Herrero Uceda “Este elemento, más que arquitectónico, es una auténtica filosofía de vida.” (citação retirada daqui)
A esplanada do restaurante Corral del Agua fica num destes pátios, com plantas e árvores à sombra das quais algumas mesas se abrigam.


caril de frango com cuscuz