No terceiro e último dia desta primeira viagem a Sevilha fizemos um percurso que atravessa a cidade no sentido Norte - Sul.
Embora não tenhamos parado no centro, onde se encontram os edifícios mais conhecidos, como o Real Alcázar e a Catedral, visitámos outras zonas e edifícios igualmente emblemáticos e imprescindíveis ao conhecimento da história e cultura sevilhanas.
Aqui ficam uns breves apontamentos e fotografias de cada um:
1.La Macarena.
Zona que abrange a
área norte do centro histórico de Sevilha. Outrora pobre, hoje em dia La
Macarena é um local com bastante interesse turístico: igrejas, bonitas praças, ateliers de
artesãos, arquitectos e estúdios de flamenco.
A Basílica de La Macarena,
situada no Bairro de S. Gil, fica no topo da calle de San Luís. Perto está a Puerta de Córdoba, uma das entradas
da antiga muralha árabe.
Na basílica encontramos uma das imagens mais adoradas de Espanha: La Macarena de la Esperanza. É uma
imagem de madeira, do séc. XVII, cuja autoria é atribuída a vários escultores.
As cinco esmeraldas que adornam as suas vestes foram oferecidas por José Gómez Ortega, um toureiro famoso e grande devoto de La Macarena.
Mosteiro de clausura,
da Ordem de S. Jerónimo, fundado por Ana De Santillán em 1473. Sofreu várias
modificações ao longo do tempo. No interior é possível visitar uma colecção de arte e observar o claustro mudéjar.
São conhecidos os doces feitos pelas monjas, que podem ser comprados na tienda online, ou da forma tradicional, através da roda que fica na entrada. Podemos encontrar compotas de frutos, tartes de nozes, fios de ovos, tocinho do céu, creme de castanha ou de batata.
São conhecidos os doces feitos pelas monjas, que podem ser comprados na tienda online, ou da forma tradicional, através da roda que fica na entrada. Podemos encontrar compotas de frutos, tartes de nozes, fios de ovos, tocinho do céu, creme de castanha ou de batata.
3.Iglesia de S. Pedro.
Esta igreja do séc. XIV foi
edificada sobre uma antiga mesquita, da qual ainda se conservam alguns pedaços em algumas capelas e na torre.
A decoração da igreja combina
elementos barrocos com elementos mudéjares. Por exemplo, na Capilla del
Sacrario, sob uma cúpula de tijolo decorada com um rendilhado mudéjar, pode
ver-se um retablo de azulejo policromo com a imagem de Nuestro Padre Jesús de
la Salud.
4.Palacio de San Telmo.
Para visitar, é necessário marcar previamente.
O Palácio de San Telmo alberga
a Presidencia de la Junta de Andalucía e
é um dos edifícios mais emblemáticos do barroco sevilhano. O portal do séc.
XVIII, de estilo churrigueresco, encontra-se
minuciosamente trabalhado.
No balcão, as doze figuras femininas representam as ciências e as artes relacionadas com os estudos nauticos. Acima, entre colunas, San Telmo, padroeiro dos navegantes, é ladeado pelos padroeiros da cidade: San Fernando e San Hermenegildo.
No balcão, as doze figuras femininas representam as ciências e as artes relacionadas com os estudos nauticos. Acima, entre colunas, San Telmo, padroeiro dos navegantes, é ladeado pelos padroeiros da cidade: San Fernando e San Hermenegildo.
Na fachada lateral que se situa
na calle Palos de La Frontera, está a
galeria dos doze sevilhanos ilustres, obra de Antonio Susillo, séc. XIX. Entre
eles figuram Diego Velázquez e Lope de Rueda.
O seu pátio é um espaço arejado e
sossegado, abrigado do calor.
De estilo neo-mudéjar, este hotel
foi especialmente construído entre 1916 e 1928 para a Exposição Ibero-Americana
de 1929.
6. Real Fábrica de Tabacos de Sevilla
Alberga a sede da Universidade de Sevilha.
É um importante exemplo da
arquitectura industrial do séc. XVIII e o segundo maior edifício de Espanha ( o
maior é El Escorial). Encontra-se rodeado por um fosso que o separa do exterior.
No interior é possível observar
pinturas evocativas das mulheres que ali trabalharam, las cigarreras. Também Carmen, a personagem principal da conhecida opera de Bizet, era uma cigarrera da Real Fábrica de Tabacos de Sevilha.
A fonte que se encontra no pátio principal é da autoria de Caytano de Acosta, escultor português.
A fonte que se encontra no pátio principal é da autoria de Caytano de Acosta, escultor português.
outros posts sobre Sevilha:
Sevilha, dia 1: o rio e as flores
Sevilha, dia 2: Isla de la Cartuja e Isla Magica
mais fotos aqui