terça-feira, 5 de setembro de 2017

Rota da aldeia da Amieira à aldeia de Alqueva

Fomos conhecer o limite sul do distrito de Évora numa caminhada épica entre as duas aldeias mais características do território de Alqueva: as aldeias de Amieira e de Alqueva.
Começámos na Amieira,  junto ao cais fluvial. Percorremos o passadiço de madeira que liga à aldeia.



Aqui deambulámos pelas ruas,  fizemos uma paragem para beber um café e visitámos a capela de São Romão, com um retábulo representando o nascimento de S. João Baptista.



O local onde actualmente se situa esta aldeia denominava-se, no séc XVIII, Aldeia dos Barbudos e a Sé da Paróquia encontrava-se num local próximo, onde se encontra a Igreja Paroquial de  Nossa Senhora das Neves.
É uma aldeia de casas térreas brancas, decoradas com as habituais faixas coloridas e flores nas janelas.



As ruas são sossegadas,  sendo nos cafés e no Largo 1º de Maio que se concentra o público masculino.



É possível arrendar várias casas recuperadas que estão espalhadas pela aldeia.
Saímos pela rua que desemboca na praça de touros, e caminhámos cerca de 3 kms pela estrada até à Marina da Amieira.  Esta parte do percurso foi um pouco monótona,  por decorrer em estrada, além do tempo já ter começado a aquecer.



Quando chegámos à Marina ficámos surpreendidos pela quantidade de pessoas que lá se encontravam.



Percebemos que estava a decorrer uma prova de natação com equipas de vários pontos do país. O restaurante estava cheio, tal como a esplanada da cafetaria,  por isso fomos para a beira da água comer o nosso lanche.


Os nadadores iam desfilando à nossa frente, bem como canoas e barcos de apoio. Por fim,  bebemos um café, retrocedemos um pouco e iniciámos uma longa caminhada ao longo da margem direita da Albufeira em direcção às Antas da Torrejona.




Pelo caminho identificámos várias espécies da flora mediterrânica,  como a esteva e o cravo romano.


Também visitámos as Antas da Torrejona, monumentos funerários do neolítico que ficam num local muito bonito e calmo, junto às margens da albufeira. Parámos aqui para descansar com vista para a água e para as pequenas ilhas.




Eram já quase 17h quando retomámos a caminhada,  para uma segunda parte do percurso em direcção à aldeia de Alqueva.



Nesta secção, depois de caminharmos durante mais algum tempo à beira da água, o percurso afastou-se das margens e percorreu uma série de lombas ocupadas por montado de azinho e sobro.





Após descer a encosta,  contornámos uma sucessão de braços de rio que serpenteavam ao longo dos vales encaixados.



Junto à Herdade da Malanda,  atravessámos a Ribeira de Codis e iniciámos a subida para a aldeia de Alqueva.




As referências ao povoamento deste território remontam aos finais do século XIII, sendo o lugar designado por Alqueive, que significava terrenos de pousio ou desertos, devido às altas temperaturas estivais, à qualidade dos solos e à ausência de água.


Com a construção da barragem, o panorama alterou-se e, na actualidade, a aldeia dá nome ao maior lago artificial da Europa.


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