Na orla costeira entre a Quinta da Rocha e Armação de Pêra aflora um maciço de rochas carbonatadas que conferem características singulares à paisagem.
Sendo constituídas por carbonato de cálcio, estas rochas são muito vulneráveis à chuva – com grau de acidez cada vez mais elevado devido ao dióxido de carbono presente na atmosfera – bem como à água salgada das ondas.
Da conjugação destes factores de erosão, ocorrem grutas marinhas e fissuras que se vão alargando, progredindo até ao nível do mar, até formarem algares.
Ao nível da costa, os diferentes graus de densidade das rochas dão lugar a arcos e leixões, como resultado do desaparecimento das zonas de rocha mais vulneráveis, dando lugar a uma paisagem rendilhada e entrecortada, única no litoral português.
Devido à grande velocidade de erosão da costa, que pode alcançar os 2m por ano, o recuo do litoral é por vezes superior ao entalhe das linhas de água nos seus vales, fazendo com que as ribeiras desagúem desniveladamente em relação ao mar, terminando como que numa varanda (vale suspenso).
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