quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Salut Marseille, quem és tu?


Nas férias de Natal voámos para Marselha,  capital da Provença.  Esperavamos descobrir algo mais mediterrâneo: as suas cores,  a sua luz,  a temperança do seu clima.  Assim que aterrámos,  já de noite,  deambulámos algo perdidos até encontrarmos o caminho para a Gare de Vitrolles. Um autocarro gratuito fez a ligação a partir do aeroporto e por apenas €5,60 fizemos de comboio a viagem de 22 kms até ao centro da cidade, onde, logo do outro lado da estrada estava o nosso hotel.

No dia seguinte saímos a meio da manhã para o nosso primeiro encontro com Massilia,  o nome latino de Marselha. 


 Fortuitamente demos por nós na Rue Longue-des-Capucins,  lugar de um popular mercado de rua,  com frutas, vegetais e hortícolas, que não tivemos a sorte de visitar por não ser o dia certo. 


Esta estreita e comprida rua,  desemboca na Grande Avenida Canebière, uma artéria comercial,  onde encontrámos uma sabonetaria, onde comprámos uma loção artesanal com essência de lavanda.  Mais à frente visitámos o Centre Bourse,  um centro comercial onde, na Fnac, comprámos um CD da nossa banda francesa favorita: L.E.J.


Era altura de nos apressarmos para visitar o ponto mais alto da cidade e com a melhor vista: a Basílica de Notre Dame de La Garde.  O caminho era longo e penoso e por isso fizemos uma pausa para almoçar num restaurante indiano que encontrámos à mão de semear no Quartier de L' Arsenal.

massala de borrego e vindaloo de frango

Kulfi - gelado indiano de amêndoas, pistacho e cardamomo;
 sala de frutas exóticas - manga e ananás


Seguimos pela Rue Fort N. - Dame, até à Basílica,  onde admirámos a vista da zona envolvente da cidade,  incluindo as ilhas Frioul,  o Castelo de If e as grandes colinas calcárias a Oriente. É o sítio ideal para tomar as medidas à cidade,  que nasceu de um entreposto comercial grego que, com o passar do tempo, se tornou numa cidade independente.


Os seus habitantes, por sua vez, fundaram bases comerciais que deram lugar a outras cidades como Nice e Arles.
Depois deste período de apogeu,  a cidade caiu em séculos de marasmo que só foi quebrado no século XIX, com o advento do comércio colonial francês.
É precisamente neste século que é construída a basílica,  no estilo romano-bizantino. O interior é acolhedor, com dezenas de miniaturas de barcos suspensas e vários ex-votos nas paredes.


De regresso à zona baixa visitámos a basílica de São Vitor construída no século XIV d. C.,  num quarteirão cristão que cresceu do lado oposto da antiga cidade greco-romana.
O edifício teve origem numa abadia fortificada, cujos restos remontam ao ano de 420 d.C.  Dessa época guardam-se na cripta vários sarcófagos esculpidos cujos mais famosos são Des Compagnons de St. Maurice. No entanto,  o sarcófago que nos despertou mais interesse foi o de Julia Quintina.  Para terminar a visita, passeámos pela nave de planta gótica.


Perto do Teatro de La Crièe,  encontrámos o restaurante Elissa,  um local com especialidades orientais. Provámos brochettes d'agneau e tagine kefta.


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